Esta roda de conversa se destina a todos que procuram debater ideias e analisar as problemáticas que envolvem o racismo.

A escravidão é um fato social demasiado importante para compreendermos como a sociedade brasileira se fundamenta numa realidade excludente. A desigualdade social que permeia nosso cotidiano não pode ser abordada sem a temática do racismo, uma vez que classe social e etnia se relacionam.

Diante disso, questões como “Por que a maior parte da população carcerária é constituída por pretos e pardos?”, “ Por que nas escolas de elite e nas universidades (sobretudo públicas) a maior parte das pessoas é branca?”, “Por que as profissões menos prestigiadas são ocupadas por negros e pardos?”, “Por que a representatividade do povo negro nas telas da TV, cinema, revistas é tão incipiente?”

É preciso deixar de lado o senso comum e pensar histórica e sociologicamente para compreendermos que nossos problemas sociais, sobretudo o racismo, o preconceito, a discriminação e a segregação são escolhas pautadas nas decisões dos grupos dominantes.

Sendo assim, diante da temática do Multiculturalimso, Diferença e Democracia, debater o racismo se faz urgente, pois é necessário problematizar uma sociedade excludente e propor mudanças significativas para a população negra, porque historicamente o poder dessa população sempre foi renegado, apesar do povo negro no Brasil constituir a maioria.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”. Nelson Mandela

Fernanda Sales Diogo

Mestre em Sociologia da Cultura pela Universidade Federal de São Paulo e Professora de Sociologia no Centro Paula Souza e no Governo do Estado de São Paulo

Voltar