Mesa Redonda: Minas Programam
Palestrante: Ariane Cor
Quando pensamos no perfil de uma pessoa da área de exatas e tecnologia, quase sempre visualizamos um homem. Não há campos de atuação onde as mulheres estejam livres de machismo, mas no mercado de TI o predomínio masculino é latente. Esse predomínio tende a ser naturalizado culturalmente, de forma que pensemos que homens são biologicamente mais aptos para programar e mulheres mais adequadas a relações interpessoais.
Mas, como é sabido, mulheres não são naturalmente inferiores aos homens em nenhuma função. Tais inferioridades (ou supostas aptidões) são construídas socialmente e limitam o escopo de atuação da mulher desde seu desenvolvimento na infância. Mães e pais não sonham que suas filhas se tornem programadoras, tampouco as meninas encontram muitas referências femininas nas áreas de exatas. Assim, a falta de estímulo e de referências não gera motivação e acaba por compor o quadro de ausência de mulheres na tecnologia. Então, pensando em como a programação pode ter um papel importante para o empoderamento feminino, surgiu o #MinasProgramam. O projeto vem para ajudar a desconstruir a noção de que os homens são mais aptos a programar.
A quantidade de mulheres nas ciências, tecnologia, engenharia e matemática afeta diretamente a maneira com que as mulheres e suas ideias são representadas. Enquanto o número de mulheres que sabe programar continuar tão pequeno, mais difícil será garantir a inclusão das nossas pautas na produção. Na Mesa Redonda - "II Semana da Diversidade: para pensar a diferença", do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus Bragança Paulista, vamos conversar com os alunos e alunas do Ensino Médio sobre formação técnica e universitária, mercado de trabalho em tecnologia e a importância da participação das mulheres nas ciências exatas.